quinta-feira, 16 de julho de 2009

Elefantina

É uma ilha de rochas de granito, fica em frente da cidade de Assuão, no rio Nilo, no sul do Egito. Encontra-se a cerca de 900 km ao sul do Cairo, a capital egípcia, próximo a primeira catarata. Tem cerca de 1500 m de comprimento e 500 m de largura na parte sul. Antigamente, na época predinástica foi habitada e a partir do período da 1ª dinastia atingiu grande importância religiosa, comercial e militar, e manteve assim até o fim da História Egípcia Antiga. Elefantina, Apw em hieróglifos, logo foi conhecida pelos gregos como “Elefantina” provavelmente porque lá houvesse um centro mercantil ou mercado notório onde se vende o marfim africano. Sabe-se que os reis egípcios construíram templos dedicados à tríade da ilha ( Khnum, Satet e Anqet).

Quando as atividades comerciais foram transferidas a cidade de Assuão durante a época greco-romana Elefantina começou a perder parte da sua importância. No século V a.C a ilha foi convertida a uma fortaleza pelos romanos. Os monumentos da ilha foram usados por séculos como pedreiras o que resultou em grande destruição das estruturas antigas. Entre as mais marcantes ruínas monumentais do local destacam-se:
  • O templo da deusa Satet, a deusa da Guerra e a esposa do deus Khnum, deus da criação segundo as crenças antigas. Este templo foi construído na época Ptolomaica. Parece que tal templo foi instalado em cima de ruínas de outro templo mais antigo datado do reinado de Hatshepsut (18ª dinastia).
  • As ruínas do templo do deus Khnum ainda se encontram lá, e atestam que aquele templo construído no reinado de Nekht-Nebf (o último faraó nacional da 30ª dinastia) foi enorme e de destaque. Também houve aumentos adicionados à construção durante o período greco-romano.
  • Se encontra também o cemitério dos carneiros sagrados que abrigam muitos sarcófagos de pedra, onde umas múmias de carneiros foram achados, e esses carneiros, sem dúvida, simbolizam o deus Khnum, deus da criação e senhor da catarata. Hoje em dia essas múmias estão exibidas no Museu de Assuão na ilha.
Na época do rei Apriés (26ª dinastia) os judeus fixaram-se na ilha, onde formaram uma comunidade próspera. Após o período de dominação persa sobre o Egito os judeus foram perseguidos. Sabe-se que na ilha existiu um templo dedicado a seu deus, que foi destruído.
Atualmente Elefantina é uma atração turística, onde chegam os vários cruzeiros que percorrem o Nilo.

____Arqueologia______
A ilha tem sido alvo de escavações arqueológicas intensas nas últimas décadas, apesar do governador turco de Assuão ter mandado destruir vários achados da ilha em 1822.

Destaca-se na ilha o «Nilômetro», mencionado pelo grego Estrabão – era uma forma de medir o nível do Nilo, consistindo num conjunto de oitenta degraus que se acham na costa, junto ao rio. É possível observar marcações nas suas paredes que remontam ao período romano.

O faraó Amen-hotep III (Amenófis III) mandou construir na ilha um templo por ocasião do seu jubileu, no 30º ano do seu reinado. Este templo, situado a oeste do Nilômetro, existiu até o século XIX, mas nada resta dele atualmente. Sucedeu o mesmo ao templo de Tutmés III, destruído em 1822. Ramsés II também mandou construir um pequeno templo, igualmente perdido.

Nesta ilha foi descoberta uma pequena pirâmide da época do Império Antigo e um calendário inscrito na rocha da época do rei Tutmés III (18ª dinastia). Nectanebo II mandou construir na ilha um grande templo dedicado a Khnum que foi concluído no período ptolemaico e romano, cujas ruínas se acham no local. Na margem esquerda do Nilo, em Qubbet el-Haua, localizam-se túmulos escavados na rocha de governantes locais da época dos Impérios Antigo e Médio, destacando-se o túmulo do governador Sarenput (12ª dinastia).

Fonte: Wikipédia e descobriregipto.com

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Egito

Duas grandes forças: o rio Nilo e o deserto do Saara, configuraram uma das civilizações mais duradoras do mundo. Todos os anos o rio inundava suas margens e depositava uma camada de terra fértil em sua planície aluvial. Os egípcios chamavam a região de Kemet, "terra negra". Esse ciclo fazia prosperar as plantações, abarrotava os celeiros reais e sustentava uma teocracia – encabeçada por um rei de ascendência divina, ou faraó – cujos conceitos básicos se mantiveram inalterados por mais de 3 mil anos. O deserto, por sua vez, atuava como barreira natural, protegendo o Egito das invasões de exércitos e idéias que alteraram  profundamente outras sociedades antigas. O clima seco preservou artefatos como o Grande Papiro Harris, revelando detalhes de uma cultura que ainda hoje suscita admiração.

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