quinta-feira, 21 de maio de 2009

Egito, uma terra de contrastes



As pirâmides, os templos e os tesouros do Museu do Cairo são alguns dos atrativos oferecidos aos turistas que visitam o Egito. No entanto, a riqueza artística do país não é sua única atração. A mistura de comunidades religiosas e a variedade da paisagem fazem do Egito uma terra de contrastes.






Hoje, como antigamente, Hapi, a personificação divina do Nilo, está presente na paisagem egípcia. Embora o país se estenda ao longo de um vasto território – mais de um milhão de quilômetros quadrados – só 4% de sua superfície total são habitáveis, pois o resto é invadido pelo deserto. A vegetação que cresce nas margens do rio desaparece à medida que se avança pelo interior, o que não impede que o país abrigue uma população estável há mais de 5000 anos.


O Egito faraônico – a civilização egípcia formou-se nas margens do Nilo, primeiro com uma série de povoados de comunidades nômades e, mais tarde, com autênticas povoações. Enquanto a Europa ainda estava na Idade da Pedra, o Egito já começava a ser um Estado unificado. São desse período - o Antigo Império - as famosas pirâmides de Gizé, ponto de referência de todos os visitantes do país desde épocas remotas. A grande pirâmide de Khufu, uma das Sete Maravilhas do Mundo, a única que ainda existe. Foi durante o Novo Império, que se ergueu a maior parte dos edifícios monumentais atualmente vistos. Muitos deles construídos em pedra, o que facilitou a sua conservação, mas deve-se ter em conta que os templos que ainda permanecem de pé são apenas uma pequena amostra dos inúmeros edifícios construídos.

O Nilo também suscitou o interesse dos antigos viajantes que passavam por Kemet, nome dado pelos egípcios a seu país. Kemet significa: 'terra negra', a terra fértil que o rio depositava depois da cheia anual. Do outro lado, existia a 'terra vermelha', o deserto que rodeia o Egito. Além de fonte de vida, o Nilo facilitava a comunicação do país, função que em menor escala, ainda cumpre atualmente.

O aparecimento de novas religiões e a escassez de materiais para a construção foram algumas das causas da destruição dos antigos monumentos. Com a influência da comunidade cristã, muitos templos egípcios foram modificados, convertendo-se em basílicas cristãs. Posteriormente, o Egito caiu nas mãos do Islã e a sua arte.














O Egito islâmico – durante mais de 1000 anos, o Islã dominou o Egito. Diferentes dinastias governaram o país e converteram-no em um dos principais centros de comércio mundial da Idade Média. Durante o século XII, com Saladino, o Egito e especialmente a recém fundada cidade do Cairo, viveram uma época de grande esplendor. São desse período a cidadela cariota, algumas das mais importantes mesquitas e as madrasas, ou escolas religiosas. Com os mamelucos (milícia turco egípcia), o Egito continuou a desfrutar de uma situação privilegiada, até que no século XVI passou a ser uma província do Império Otomano. Os monumentos antigos, em sua maior parte bem conservados até então, embora particularmente cobertos pela areia do deserto, sofreram alguns atentados, como os disparos que destruíram o nariz da Esfinge. Só no final do século XVIII é que apareceram em cena as potências européias para lutar contra os otomanos. Primeiro a França com Napoleão, e depois a Grã Bretanha, que converteu o Egito em uma de suas áreas de influência até 1952.


O Egito moderno – um país em processo de modernização. Na capital e nas principais cidades, a economia é diversificada. Pessoas vestem-se com chilaba ou com roupa ocidental, as grandes urbes contrastam com os povoados e aldeias do interior, com suas casas de adobe, permitem que imaginemos como era o Egito antigo. Os habitantes dessas pequenas povoações vivem da agricultura, criação de gado, praticados com técnicas rudimentares. O fascínio que os restos dos antigos monumentos ainda hoje exercem faz do turismo a principal fonte de receita do país.

  • a superfície do país é de 1 001 449 km2,
  • população de 55 000 000 habitantes,
  • a capital é Cairo com 13 000 000 habitantes,
  • a língua é o árabe,
  • 90% da população é da religião islâmica e
  • a forma de governo é República presidencialista.

Fonte: Egitomania fascículos 2001

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Egito

Duas grandes forças: o rio Nilo e o deserto do Saara, configuraram uma das civilizações mais duradoras do mundo. Todos os anos o rio inundava suas margens e depositava uma camada de terra fértil em sua planície aluvial. Os egípcios chamavam a região de Kemet, "terra negra". Esse ciclo fazia prosperar as plantações, abarrotava os celeiros reais e sustentava uma teocracia – encabeçada por um rei de ascendência divina, ou faraó – cujos conceitos básicos se mantiveram inalterados por mais de 3 mil anos. O deserto, por sua vez, atuava como barreira natural, protegendo o Egito das invasões de exércitos e idéias que alteraram  profundamente outras sociedades antigas. O clima seco preservou artefatos como o Grande Papiro Harris, revelando detalhes de uma cultura que ainda hoje suscita admiração.

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