domingo, 12 de abril de 2009

Ahmés

Ahmés, Ahmose ou Amósis ("a Lua nasceu") foi o primeiro rei da XVIII dinastia egípcia, que inaugura um dos períodos mais famosos da história do Antigo Egito conhecido como o Novo Império, onde se inserem personalidades como Hatchepsut, Amen-hotep III e Akhenaton. Governou cerca de vinte e cinco anos, entre 1580 e 1558 a.C. ou entre 1550 e 1525 a.C. para outros historiadores. Neto da rainha Teticheri, era filho de Taá II e da rainha Ah-hotep I. Sucedeu ao seu irmão mais velho Kamés (ou Kamósis) como rei de Tebas. Deveria ter cerca de dez anos quando se tornou rei, razão pela qual a sua mãe foi co-regente até Ahmés atingir os quinze ou dezesseis anos.

A luta
A região do Delta do Egito tinha sido dominada desde 1640 a.C. pelos Hicsos, um povo de origem asiática, que chegaria a fundar uma dinastia. No sul do Egito, em Tebas, uma dinastia nacional governaria a par da dinastia estrangeira. Os últimos soberanos desta dinastia (a XVII) decidiram combater os Hicsos com o objectivo de expulsá-los do território nacional. Ahmés continuou o trabalho que tinha sido começado pelo seu pai e irmão na expulsão daquele povo. No ano 6 do seu reinado Ahmés tomou a cidade de Aváris, capital dos Hicsos. O seu exército não se contentou com este ato, tendo optado por penetrar na Palestina, onde durante três anos cercou a cidade de Charuhen, que acabaria por ser tomada pelos egípcios. Depois de afastados os Hicsos, Ahmés teve que lidar com problemas ao sul, na região da Núbia. Três campanhas militares levaram à submissão do reino de Kush, que tinha apoiado os Hicsos.
  • Ahmés foi casado com a sua irmã ou meia-irmã, a rainha Ahmés-Nefertari , umas das figuras femininas mais importantes da XVIII dinastia.

Construtor
A atividade construtora do monarca centrou-se na região do Alto Egito, em particular em Tebas. Em Abido ordenou a construção de um cenotáfio (é um memorial fúnebre erguido para homenagear alguma pessoa ou grupo de pessoas cujos restos mortais estão em outro local ou estão em local desconhecido) dedicado à sua avó. A atividade mineira no Sinai foi restabelecida (minas de turquesa), assim como os contatos comerciais com Biblos.

Sua história
Desconhecem-se muitos pormenores do seu reinado devido à falta de documentos. Uma das fontes que melhor permite conhecer a atuação militar do rei é a biografia de 'Ahmés filho de Abana', um dos oficiais do seu exército. Até hoje não foi identificado o seu túmulo, embora se saiba que a sua múmia foi colocada no chamado "esconderijo" de Deir el-Bahari, com o objetivo de evitar os assaltos dos saqueadores.


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Egito

Duas grandes forças: o rio Nilo e o deserto do Saara, configuraram uma das civilizações mais duradoras do mundo. Todos os anos o rio inundava suas margens e depositava uma camada de terra fértil em sua planície aluvial. Os egípcios chamavam a região de Kemet, "terra negra". Esse ciclo fazia prosperar as plantações, abarrotava os celeiros reais e sustentava uma teocracia – encabeçada por um rei de ascendência divina, ou faraó – cujos conceitos básicos se mantiveram inalterados por mais de 3 mil anos. O deserto, por sua vez, atuava como barreira natural, protegendo o Egito das invasões de exércitos e idéias que alteraram  profundamente outras sociedades antigas. O clima seco preservou artefatos como o Grande Papiro Harris, revelando detalhes de uma cultura que ainda hoje suscita admiração.

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