sexta-feira, 27 de março de 2009

Hino a Aton

A Noite

Quando te deitas no horizonte ocidental,
o país fica nas trevas, como na morte.
Todos dormem em suas alcovas
(com) as cabeças cobertas
e um olho não vê o outro olho.
Suas coisas são roubadas
(até mesmo) sob sua cabeça e eles não percebem.
Todos os leões saem de sua caverna,
todas as suas serpentes picam.
As trevas tudo cobrem,
a terra está em silêncio,
pois seu criador descansa no horizonte.
(do livro 'Escrito para a eternidade' de Emanuel Araújo)

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Egito

Duas grandes forças: o rio Nilo e o deserto do Saara, configuraram uma das civilizações mais duradoras do mundo. Todos os anos o rio inundava suas margens e depositava uma camada de terra fértil em sua planície aluvial. Os egípcios chamavam a região de Kemet, "terra negra". Esse ciclo fazia prosperar as plantações, abarrotava os celeiros reais e sustentava uma teocracia – encabeçada por um rei de ascendência divina, ou faraó – cujos conceitos básicos se mantiveram inalterados por mais de 3 mil anos. O deserto, por sua vez, atuava como barreira natural, protegendo o Egito das invasões de exércitos e idéias que alteraram  profundamente outras sociedades antigas. O clima seco preservou artefatos como o Grande Papiro Harris, revelando detalhes de uma cultura que ainda hoje suscita admiração.

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